terça-feira, 21 de dezembro de 2010

24 HORAS
Dry Neres



No cérebro, um formigamento externo às estrelinhas do dia destinado ao pensar desenfreado. Chega num cansaço de corpo. Chega num cansaço de alma. É como ser dono de uma balança, e ter a função diária de não deixá-la pender nem para um lado, nem para outro, a fim de resguardar os instantes de sanidade.

Fuligens de ideias inconcatenadas que se misturaram com o que penso ser eu. Tenho caminhado tanto. Os ombros estão arqueados verticalmente, momentaneamente sem batimentos. Os dias correm depressa, e em todos os finais de ano, minhas têmporas doem mais, doem absurdamente mais. Todas as vinte e quatro horas de todos os dias do ano deixam se pesar no final dos ciclos. E a mente parece trabalhar mais que operário nas ideias de Chaplin.

Os sentimentos apertam os sentidos ou é vice e verso. Todos os sentidos do homem escondem-se nos olhos. Os olhos parecem minas com ponteiros de tempo. Os olhos fingem. Os olhos seguram a ponta da alma. E um homem ainda não ganhou a dádiva de ler os olhos de outro homem. Aí está a beleza de tudo. Olhar e não compreender. Teimar e não acertar. Insistir e falhar. Meus olhos estão um tanto cansados do que vêm. Ou quem sabe é só a ressaca anual que resolveu desembocar nesse peito de poesia diária.

Só são vinte e quatro, mas parece uma vida toda.

domingo, 19 de dezembro de 2010

À poesia nossa de cada dia
Dry Neres




O meu amor é prosa em verso. 
O meu amor tem a doçura na ponta dos dedos. Tem os fios do cabelo bem alinhados. Tem o sono de contos de fadas. Tem na face o sorriso mais pacífico de todos os oceanos. Tem a arte na ponta das ideias. O meu amor carrega nos bolsos algumas letras da Duncan. Não dispensa o bom all star quando é pra me agradar. O meu amor é ultra-romântico e à moda antiga. Gosta de se atrasar sempre; parece charme para aguçar meus instintos. O meu amor dorme feito anjo. Deveras anjo ser na realidade. Tem gosto de café nos lábios todas as tardes. Come livros desesperadamente quando a insônia chega. Tem na ponta dos dentes alguma explicação científica quando o assunto é corpo humano. O meu amor é representação divina da felicidade. É a eternidade em que quero habitar. Tem nos pés o meu fetiche. Tem nas mãos o mapa do meu desejo. O meu amor tem o desajeitamento nos gestos. Tem uma caixinha de relógios. Gosta de cumplicidade. Ama com intimidade. Cheira A-mar. É humano e divertido. Gosta de abrir a geladeira no meio da noite e beber água gelada. Ouve músicas antigas. Ama molho italiano. Demora no banho. Demora em mim. O meu amor é dessas coisas que se guarda pra sempre. É dessas coisas que se ama desesperadamente. É dessas mulheres de tirar o fôlego e a identidade e dar sorrisos durante uns trezentos e sessenta e cinco dias de todos os anos.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

sábado, 11 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

 ...
Dry Neres




Ela nunca fora tão feliz assim nem nessa, nem em outras vidas. Morava nos sertões dos seus desejos, e quando lhe perguntavam acerca do amor, dizia: "Vai bem, não sei... vai"! O amor passou por ela inúmeras vezes, mas nunca ousou tocá-la. Ensaiou até poesia, rima, fala, mas ainda não era hora, nem mês. Caminhava na corda bamba da incerteza. Fascinava-se. Apaixonavasse pelo invisível. Imaginava. Pintava a verdadeira face do amor. 
O coração dela estava acostumado a bater forte e, por várias vezes, pensou saber caminhar nos labirintos do sentimento. Sua rotina estava calcada na razão, nos números, no sexo. Abandonou de tudo um pouco, para viver suas fantasias. Ironias. Chorou como rio deságua. Clamou aos céus, dias mais coloridos. Quando acordava dizia: "Que seja eterno enquanto dure"...


HOJE...


Diz: "É-Terno"!

Certa vez duma boca outra ouviu os dizeres: "Não devemos eternizar o amor". E hoje, ela poderia dizer certamente, que ouviu o conselho. Não buscou eternizar o amor. Fez do amor sua eterna razão e loucura. O amor fez dela a sua eternidade. Ah, e como foi bom pra ela ser é-terna do amor. 

Sua face é corada. Seu caminhar mais largo e imponente. Sua humildade, acrescida de elegância. Seus dedos são ornamentados por alianças várias de um amor único. Seus dedos tocam o sexo, romanticamente, ainda como se fosse a primeira vez. Os seus lábios repousam nos lábios de sua amada sem pressa de acordar. E mais ainda - não deseja, nem espera acordar. 

É de olho fechado que encontramos o amor. 

Ela não pisca quando sua amada está ao lado. Capta cada movimento delicado, feminino. Ela alimenta diariamente um altar devotado ao amor. Religiosamente atenta aos sussurros do teu amor. Fez da tua amada, sua água, seu pão, sua poesia, sua profissão. 

Escreve com ternura. Pensa delicadamente em amar cada vez mais. Abraça as palavras com firmeza do que sente. Faz do teu amor, irrefutável. Namora não só com a amada, mas namora dia a dia, a beleza mais incontestável de sua vida - A de ter sua sombra duplicada ao sol e dormir de conchinha em todas as estações de todos esses anos.  

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dois
Dry Neres



O somatório das palavras e dos vocábulos que meus lábios e dedos já pronunciaram desde, não pode jamais ser contado em linhas ou explicado matemática, física ou levianamente. Cada verso devotado a ti, foi e será sempre uma tentativa apaixonadamente poética de te entregar pedaços meus. O imensurável pôde ser agregado a alguns papéis de cartas convencionais ou virtuais. Antes desses setecentos e trinta dias, eu acreditei erroneamente que a poesia era matéria-prima somente das grandes literaturas e das mãos inspiradas e inspiradoras de alguns deuses da arte. Hoje, tenho poesia nas pálpebras, na pele. Esqueci-me antes então de ler, que a poesia era viva e habitava os seres, todos, tal como o sopro foi dado ao homem em forma de vida. Esqueci-me, propositalmente, de que a dádiva do sorriso e a graça de enxergar de olhos fechados, me seria concedida, visto que é destino incontestável daqueles que se permitiam fazer amor com a poesia e vice ou verso. 

Foi quando você veio: incontestavelmente apaixonante! Todos os meus passos, cada ponteiro dos relógios, cada minuto de respiração minha, foi cuidadosamente endereçado à tua felicidade. Aprendi que amar não é viver na utopia, concebendo a ideia de um ser que não erra, não chora, não tem limitações. Diante dessas constatações, sei que amo e que sou amada, porque não vivemos vinte e quatro horas nos jardins floridos dos contos; mas conseguimos converter todas as dificuldades num somatório do mais puro amor. Diante dos desafios, o nosso amor ganha novas blindagens em sua armadura, e assim, se tornou invencível. Eu te amo, porque só você consegue deixar meus olhos marejados de felicidade e de fascínio. Ainda que pareça clichê, você é a minha metade. 

Amo incansavelmente, som harmônico da tua voz, a doçura e agilidade das tuas mãos ao cuidar do meu prazer, a sutileza e a verdade dos teus olhos, ao dizerem sempre tão carinhosamente, que sou teu amor real. Admiro em especial a arquitetura lírica do teu corpo, que juro por inúmeras vezes, ter pensado sem ficção. Um corpo que ultrapassa a estética material; um corpo que abriga as qualidadess mais admiráveis em um ser vivente. Você é tudo pra mim!

Renovo meus pedidos de casamento... Casa comigo diariamente, ou todo dia primeiro, em dízima períodica ou em vírgula por gradação.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

...

TENHO APENAS 
DOIS ANOS 
DE IDADE...















































NASCI, QUANDO 
VOCÊ VEIO. 
 

domingo, 21 de novembro de 2010






NEM CALMARIA, NEM TEMPESTADE...







SIMPLESMENTE TUDO O QUE SEMPRE DESENHEI EM MEU CALABOUÇO PENSAMENTAL DA POESIA VIVA.


                                                                                                                                    Ass: Eu amo você.

sábado, 30 de outubro de 2010

Suavium
Dry Neres




Tenho procurado incessantemente verbos, sujeitos, advérbios, adjetivos, vírgulas, algo que na língua, possa estabelecer aproximação em definir o nosso beijo.  Na verdade, antes disso, encontro-me fascinada com a suavidade dos teus lábios.

Nas paredes do templo de Khajuraho ensaiaram o primeiro beijo da história da humanidade. Na Grécia,  suavium era o beijo dos amantes. Os poetas de Shakespeare a Machado, em suas eloquentes poesias fizeram-nos compreender acerca dos movimentos estéticos e literários que os músculos do corpo realizam quando os enamorados permitem o encontro suavium de seus lábios.

Recordo-me do quanto me era saboroso deliciar-me com seus lábios, antes mesmo de tê-los tocado. Era inédito sempre. Era utópico e "verânico" (termo que me lembra "calor"). Era sagrado. 

Hoje... É poesia, canção, realidade. Hoje... É cotidiano, mas nunca rotina. Continua sendo sagrado, utópico, verânico, inédito. Os teus lábios são os meus altares. Curvo-me diante deles, tal como o servo ao seu senhor. Embriago-me da sutileza dos teus lábios primaveris. 

O teu beijo me traz sempre poesias inaudíveis, em que a sensibilidade dos lábios me ensina a decifrar com o toque das mãos. Suga-me, as palavras; traz-me a inquietação. Ensaia em mim uma viagem a Khajuraho ou a Machado. Faz de mim tua eterna serva e fiel depositária da minha devoção e do meu amor.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Infinito
Dry Neres



Se a ordem do universo em suas aplicações e teorias me ensina que nada é eterno, posso refutar , visto que é nítida a sua eternidade em mim. Os eternos dias e horas a caminho de vinte e quatro meses, em que seus olhos me conduzem. Você é o meu nascimento diário. Sinto-me sempre como uma criança que ao contemplar pela primeira vez uma obra de arte, se emociona.

Se as retóricas humanas discursam acerca da transitoriedade e da futilidade dos sentimentos, posso refutá-las lembrando-me do teu sorriso e da sua gargalhada que me transportam aos melhores lugares que já visitei. O seu mundo é diferente, amor. É quase inacreditável a sua pureza e o seu caráter. Você tem me ensinado muita coisa. Você tem me apresentado uma forma de ser melhor sempre; uma alternativa para os malefícios de uma sociedade contaminada e desacreditada. 

Quando as suas mãos tocam as minhas consigo nitidamente apreciar e saborear o conceito puro do que é esperança. Sinto que a minha estrutura emocional e física depende irrefutavelmente dos teus cuidados, do teu amor. Você descobriu a vacina antimonotonia (munindo-me da "jovial" ou da "arcáica" ortografia, o sentimento não muda. Nem o conceito), e eu me alimento diariamente da tua sensibilidade, do teu cheiro, do teu gosto e já não preciso mais de nada.


quinta-feira, 7 de outubro de 2010


 METALINGUÍSTICO
Dry Neres

Descrever-te-ei como MINHA metalinguagem. Falarei de ti, tal como és em mim. Cuidarei em transmitir fielmente as ternuras e a linguagem rebuscada que apresentaste ao meu coração. Por meio dos teus olhos pude enxergar a possibilidade de ser poeta na alegria. Observando a geometria do teu corpo, consigo distinguir facilmente qualquer obra de arte.

Disserto de ti, como minha linguagem única, uma vez que, somente a tua língua é capaz de me ensinar os neologismos e teorias acerca da comunicação entre os órgãos de amar. Transformo em poema a sonoridade sutil da tua fala, quando aos meus ouvidos sussurra a verdade que emana em ti, do amor infinito que nutre por mim. Sou feliz por me casar em silêncio com você, todas as noites, quando contemplo o teu sorriso a repousar sobre tua face de princesa.

Com e por você, eu invadiria reinos, daria nomes novos às verdades preestabelecidas; Com e por você, eu nasceria mil outras vezes, a fim de aperfeiçoar o sentimento de amar em mim... Eu quero cuidar de você para sempre. Ser sua guardiã... Beijar teu corpo docemente, enquanto você balbucia suas reclamações acerca do meu comportamento infantil e afobado. Hoje, sem dúvida alguma, daria minha vida por você, tal como me comprometi no instante em que contemplei sua silhueta pela primeira vez. Comprometi-me a te fazer feliz, independentemente do que acontecesse, em qualquer ocasião, em qualquer decisão que você fosse tomar em relação à minha permanência em sua vida. Até então isso era segredo velado. Agora, você sabe: desde o primeiro dia, eu já havia me convencido, de que por você eu lutaria, enfrentaria os dragões, os dogmas, o universo.

Escrevo-te porque a minha literatura está fundamentada nos teus olhos... e deles meu coração nunca se desvencilhará. Apaixonei-me neste exato instante novamente por ti, enquanto escrevo e velo o teu sono. Obrigada anjo, por me fazer tão feliz e por ser muito mais do que pedi a Deus.

Eu te amo muito... mais que muito, mais que extremo, mais que a soma de todos os componentes do universo!

“Embaixo ou em cima da terra, sem ela estou morta” (Lisbela e o Prisioneiro)

domingo, 26 de setembro de 2010

Para não morrer de saudade...
Dry Neres




EXISTE um céu, muito mais amplo do que o que podemos contemplar com os olhos da carne.
EXISTE um Deus afetivo que não pune nem apregoa seus filhos por exercerem um livre arbítrio pré-ordenado.
EXISTEM anjos a entoar hinos quando os irmãos seus, aqui nessa Terra, são bondosos e honestos uns com os outros.
EXISTE a saudade, aqui na Terra, dos bons tempos em que vivíamos unos em paz e sorrisos... Os velhos, quase apagados tempos, em que os tiros não eram disparados, nem as mulheres estupradas, nem os governadores corruptos; tempo este, em que o homem não era humano, mas somente anjo... mas somente puro.
HOUVE este tempo, mas não nos é permitido recordar com tanta clareza, para não morrer de saudade!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

"Se nós tentarmos partir... Que Deus envie anjos para guardar a porta"!
Dry Neres


Existem canções que nos transportam, que fazem o mundo parar no instante em que escutamos e aproximamos nossos lábios do ato de beijar com os olhos e com o restante do corpo:

"Você consegue me escutar? Estou falando com você...
Do outro lado da água, do outro lado do profundo oceano azul...
Sobre o céu aberto, oh nossa! Meu bem estou tentando!


Garota eu te escuto, em meus sonhos,
Eu sinto o seu sussurro do outro lado do mar.
Eu te guardo comigo em meu coração...
Você faz as coisas fáceis quando a vida fica difícil.


Sortuda, pois estou apaixonada por minha melhor amiga...
Sortuda por ter estado onde estive...
Sortuda por estar voltando pra casa novamente.

Não sabem como demora
Esperar por um amor como esse.
Toda vez que dizemos adeus
Queria que nos beijássemos novamente.
Vou esperar você, eu juro que vou esperar!


E então estou velejando pelo mar
Para uma ilha aonde vamos nos encontrar.
Você ouvirá a música preencher o ar
Vou colocar uma flor em seu cabelo.


Apesar da brisa das árvores
Se moverem tão graciosamente, você é tudo que vejo.
Enquanto o mundo continua girando
Você me abraça forte aqui, nesse instante"! (Tradução com modificações de gênero - Lucky - Feat. Colbie Caillat)

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"Amor não é um lugar
Para ir e vir quando quisermos...
É uma casa que entramos
E nos comprometemos a nunca partir!


Então feche a porta atrás de você
Jogue a chave fora...
Trabalharemos nisto juntos
Deixe que nos leve a ajoelhar...


O amor é um abrigo
Numa tempestade furiosa.
O amor é paz
No meio de uma guerra.
Se nós tentarmos partir
Que Deus envie anjos para guardar a porta!
Não, o amor não é uma luta
Mas é algo que vale a pena lutar...


Para alguns amor é uma palavra
Que eles podem descansar.
Mas quando dá tudo errado
É difícil manter a palavra.


O amor virá nos salvar
Se nós, simplesmente, o chamarmos...
Ele não nos pedirá nada
Mas exige tudo de nós"!(Tradução - Love Is not a fight - Warren Barfield)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

É-terno
Dry Neres

O meu sorriso anda largo. BONITO. Estampado - desde que passei a sorrir ao seu lado. Tenho fotografado as flores, o branco, o tudo. Tenho tentado não pensar tanto no amor. Bobagem! O amor dispensa a razão... O meu sentimentalismo em teu retrato. As minhas mãos que te fazem um afago. Sou a cuidadora dos teus olhos. Entrego a ti, painéis de felicidade, estrelas, estrelas e também os meus dias. Os nossos beijos têm estado mais doces. O nosso sono já é mais abraçado. Os nossos dedos resolveram se aninhar e não se soltam nem nas noites mais Celsias. Meu amor, eu te carregarei em meus braços todas as manhãs. Já não é mais, há muito tempo, lirismo de primeira geração romântica, quando transito pelo mundo das palavras nas tentativas desenfreadas de brindar nosso amor. O meu sentimentalismo é exarcebado e por isso, estou aqui inteira, relatada, nua. O meu sentimentalismo não tem razão nem outra desculpa para temer nada em nós. Os teus olhos me tiram toda a razão, e a única coisa pela qual peço desculpas - é por ainda não ter escrevido, mais uns três mil versos apaixonados endereçados a ti. És... a sublime arte feminina!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Os teus olhos
Dry Neres



Eu que nunca tive tom muito cerimonialista, tenho pensado em me casar com você todos os dias. Também nunca pensei em fazer café pela manhã e acariciar a face de algum anjo à noite, tenho assim o feito incessantemente. A você, destino hoje a minha literatura viva... a minha literatura transmutada e conservada na verdade única, de que te amo, amo, amo e não quero parar de amar nunca mais. 

Os teus olhos me trazem a certeza mais exata de que Deus com sua bondade infinita resolveu secar minhas lágrimas e me colocar no colo. E para um feito tão grandioso, enviou você. Quando me percebi ao teu lado, senti também e juntamente, suas mãos que mais pareciam o melhor abraço do mundo, ao acariciar minha face, me pôr no colo e secar o infinito rio que derramava dos meus olhos. 

Os teus olhos me trazem cartas, todos os dias... Abençoadas da mais perfeita verbalização e representação humana do que hoje entendo e sei, que vivo de amor. E ainda que, se você não estivesse comigo, eu continuaria a usar nossas alianças. Sim, continuaria a cantar para você, escrever para você, ser tua... Não se deixa de amar, o que começamos antes mesmo de termos pisado tais terras, da Terra. 

Você me traz leveza, inspiração. O seu sorriso é o lugar onde estampo o meu. Você é tudo pra mim. Não há dúvidas de que nos casaremos em cada cômodo, em cada país, em cada estado (de espírito) - na alegria e na alegria, na felicidade e na felicidade, na saúde e na saúde e todo o resto do cerimonial que os apaixonados sabem de cor. 

Eu vou estar contigo pra sempre, menina. 

Sempre, entendeu?

EU TE AMO... com ou sem cerimonial. EU TE AMO.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O HOMEM E A MINA
Dry Neres


O coração não queria me dar trégua. Na garganta o nó de trinta e três. Na sede, a angústia de trinta e três. Na fome, o caos de trinta e três. A vida vista em tubos. A esperança soterrada à setecentos metros. A esperança ainda viva num pedido de casamento. Os olhos que não se alcançam. A escuridão anunciada. Os bravos combatentes da claustrofobia e da saudade. Os sorridentes soldados desnutridos e descamisados. A vida vista em tubos. E o que mais dói saber é que nem precisa estar enclausurado numa mina subterrânea para sentir solidão - porque muitas vezes, a "mina" está dentro de nós. 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Amor, meu grande amor
Dry Neres



NÃO serão birras, nem brigas, nem broncas que terão o poder extra-vivo de nos separar. Não serão as cenas, ou ciúmes, ou crises de tempos em tempos que ousarão destruir o maior e melhor amor do mundo. O respeito e cuidado que construímos está calcado no mais belo solo FÉ-rtil - o solo do nosso amor fiel e devotado.

Eu te amo mais a cada dia. Eu te desejo mais a cada beijo. Eu me orgulho mais de você a cada conquista. Há provas circunstanciais, de que não vivemos um amor de carnaval, ou de verão, ou de alguns poucos dias. Há provas ainda mais evidentes, de que nascemos uma para a outra. O teu riso me é tão familiar... tão DOCE e conhecido. As tuas mãos são tão conhecedoras dos meus encantos... Os meus pensamentos e o seus estão completamente concatenados. Você é detentora de todas as minhas juras de amor. Sou DEVO-tada a ti, inteiramente. Eu conheço cada movimento do teu corpo, cada linha, cada líquido. Eu sei distinguir PERFEITA-mente cada nota PRESENTE em tua fala, cheia de verdades e amor tão puro, ao qual me devota com tanto afinco.

AMOR, MEU GRANDE AMOR...

Você é MUITO, MUITO mais do que eu pedi, ou que pude imaginar um dia. Você é o amor de todas as minhas vidas e mais um pouco. . . Te sinto como a ex-TENSÃO do meu corpo - sinto e percebo a vida como você. Abrimos e fechamos os olhos com um mesmo intuito, foco. . . olhamos na mesma direção, enfim. Eu quero beijar tuas mãos, beijar teu instinto, seus extremos, seus nortes. Você, minha estrela, é o meu amor, meu grande amor.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O segredo é não pensar no "ontem"
Dry Neres



Queria envolver teu coração nos meus braços e te ninar. Queria não precisar responder aos teus olhos indagadores. Queria mesmo e mais ainda, que tua confiança fosse verdadeiramente firme.
Quando o amor é questionado, ele sofre. O amor não admite dúvidas. O amor magoasse facilmente quando os seus afetos transbordantes não são vistos como se queria. E o amor... Queria apagar todo o "ontem", porque meu hoje é eterno - Meu hoje é você!
Eu não queria ter que chorar agora... Mas é insuportável a ideia de que seus pensamentos não têm te dado trégua, nem paz. Eu sei que NUNCA amei e NUNCA vou sentir por alguém o que eu sinto por você. Sim, ultrapassa tudo o que estabeleceram de comum em um bom relacionamento. Ultrapassa o que o universo definiu como amor. E por que você não consegue fazer disso a tua e a minha verdade? Por que?

"Queria mesmo e mais ainda, que tua confiança fosse verdadeiramente firme".

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ao teu medo
Dry Neres


Não haverá dança sem par. Frio sem abraço. Beijo sem flor. Estrelas sem céu. Não haverá a mínima possibilidade de Dam sem Dry. Diga ao teu medo que fique - BEM LONGE DE NÓS - Diga ao teu medo que sou seu ponto de exclamação, seu império, seu travesseiro.

Tenho pensado mais fortemente nos últimos dias acerca do nosso apego. Penso que se preciso fosse, eu largaria tudo - diploma, trabalho, carro, residência fixa - para viver com você onde quer que fosse. Sinto NECESSIDADE de ter você minuto a minuto perto de mim. E o tic-tac, bi-bi, fon-fon da rotina me faz um Sócrates questionador do Clero. Eu não queria precisar transformar o mundo dia-a-dia lecionando Língua Portuguesa e outras humanidades, se a mais bela transfomação já ocorreu em mim. Sou licenciada e bacharel em você. Estou Mestrando em - como fazer uma mulher feliz - Eu não preciso ser eu, se eu tenho você. Você preenche o tudo!
Se eu soubesse domar as palavras te faria entender definitivamente que sem você não haveria brilho nos olhos, vermelho no sorriso, cor no coração, ar nos pulmões. Eu nasci para te encontrar e te fazer feliz. Eu te esperei para que eu pudesse deitar no teu colo e saber que a tranquilidade mora perto de ti.

Eu não vou deixar a felicidade escapar. Não se preocupe!
Eu te amo, minha criança...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Trans-POR barreiras
Dry Neres


Quanto mais te amo, menos sei dizer do que sinto. É como uma barreira que se instala no espaço que separa o coração da máquina de escrever. É como se houvesse ainda nesse espaço visualmente pequeno, uma imensidão de entrelinhas e alfabetos de todas as línguas. São palavras IN-concatenadas. Não permitem a junção morfo-LÓGICA, para que a razão não se atreva a tocar os dedos no que é feito de vermelhos e sorrisos. Somente quem ama, assim como eu te amo, poderia alcançar essas ideias que soam como louCURA. Eu sei que me curei do defeito de expor demais - é mais ou menos assim: é tanto amor, que assim o guardo como uma pérola, que para mim é a única no mundo inteiro, e me recolho em posição fetal quando as palavras pulsam no aparelho fonador. Guardo-as, dentro da caixinha que abriga a pérola, para santificá-las. Para que ninguém as diga em vão; para que não seja profanada a nossa literatura. O meu altar é composto desses segredos tão expostos. O meu altar amor é você. Ajoelho-me. Curvo-me. Revencio-te em adorAÇÃO e DEVOção. Este amor é como oásis no deserto - se eu fingir por alguns momentos que não o tenho - serei então multiplicadamente feliz, pois sou sabedora do conhecimento de que a incansável busca é que nos torna inteiramente vivos. Amo-te assim, cada dia, como se fosse o primeiro e o último. Refresco-me com teus beijos, como se fosse a única fonte de água potável da Terra. Embebedo-me dos teus olhos, como se fossem a única razão e motor da minha existência - e assim, hiperbolicamente são.

Caminhando aos vinte e um meses. Caminhando sempre na cautelosa divisória entre o que é bom e o que não é para nós. Sendo arquitetas do nosso próprio sorriso. Sendo cuidadoras da nossa verdade. Alimentando DES-regradamente o vulcão de sentimentos que mora em nós. São mais que vinte meses. No tempo que não se conta, já é uma vida toda. E como o amor acredita em tudo, inclusive na reencarnação, a gente vai viver todas as vidas possíveis, e o mesmo amor estará em nós - Porque é indiscutível o poder que os seus olhos têm em mim. É ainda mais apaixonante, o domínio que as tuas mãos têm em minhas curvas. É você e só.

terça-feira, 27 de julho de 2010


"O amor que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar amor
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar amor
[...]
Poderia se chamar primeiro beijo

Porque não lembro mais do meu passado
[...]
Poderia se chamar universo

Porque nunca o entenderei por inteiro"...

Que não deveria se chamar amor - Paulinho Moska

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Biovidadegradável
Somos exatamente aquilo que temos?
Dry Neres



Você tem dinheiro? Você tem filhos? Você tem saúde? Você tem idade? O que você tem? O que você vale?

Efemeridade – palavra que poucos conhecem ao pé da letra como dita as normas dos dicionários, mas que todos sabem exatamente como dói não ter o poder de eternizar coisas, pessoas, momentos. Ainda que façamos esforço descomunal para tal... É impossível! Caso contrário, não se chamaria vida, mas sim filme onde podemos pausar, retroceder, avançar, aumentar o volume. Volume – eu queria poder aumentar o meu volume de vida nesse exato momento. Ouvir da mais leve respiração de criança, até o turbilhão de maquinários de uma montadora de turbinas de avião. Queria aumentar o meu volume pra vida... Pra entender melhor o mecanismo de tudo isso que nos impulsiona, que nos faz sorrir, que nos faz chorar.

Por mais erros que consigamos carregar ao longo de nossa trajetória neste mundo, não devemos ser julgados quando mais precisamos. Ao contrário, devemos ser colocados no colo tal como quando nascemos, na tentativa esperançosa, de ao menos nos sentirmos ainda importantes ou vivos. Viver – ato que poucos conhecem em sua íntegra. Muitos, a maioria conhece apenas o que a grande mídia divulga e metaforicamente, não o que os bastidores ensinam.

Se somos exatamente o que temos, porque então nos preocupamos diariamente, em apenas trabalhar, trabalhar, trabalhar e trabalhar, para conseguir dinheiro. Seria todo homem então como a visão de Príncipes de Maquiavel? Somos então: dinheiro, capital, moedas, reais!

Na minha vã lucidez creio que não. O homem mais duro de coração se ajoelha e se rende ao sentimentalismo que lhe é nato, quando prostrado diante das injustiças que a trajetória nos apresenta. É injusto um pai ter filhos e alimentá-los, doar o máximo de si a eles, amá-los, chamá-los de minhas crianças, e quando esse pai se vê em situação de dependência total, não ter o que é direito de todo ser humano: o amor! Mais do que ver o pai como um problema, dever-se-ia ver o pai como sinônimo do mais puro amor, do primeiro amor, àquele que remete mais brilhantemente o amor de Jesus Cristo por toda a humanidade.

Somos exatamente o que temos? E pra esse pai que tem filhos que se comportam como estranhos? O que tem? O que vale? O mesmo tem o peso da indiferença e vale somente o que consegue vagamente respirar, caminhando de forma bamba, à incredulidade na própria morte.

O meu racionalismo não me deixa mais o ser. O coração esmagado em desejos que me são sobre-humanos. Na garganta, a angústia de a qualquer momento atender a uma chamada telefônica que não trará felicitações, mas somente despedida. Nos olhos rasos, as lágrimas que não caem há tempos por motivo nenhum. Nos poros a sensibilidade e o medo de se sentir cada vez mais humana.

A vida num tubo respiratório onde o ar é escasso. Onde cada tempo é tempo de correr contra o resto do mundo.

Ao meu avô, Luiz.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Na imensidão
Dry Neres



Não sei exatamente o por quê, mas estou assim, um tanto quanto mais apaixonada por você. É que não me sai dos pensamentos a imensidão do teu sorriso. É que ainda hoje faço questão de beliscar os olhos na tentativa feliz de provar pra mim mesma que você faz de mim a criatura mais feliz da face desse mundo.

Dia desses, quis ser a protagonista da Felicidade Clandestina que a Lispector desenhou - leio você lentamente, passo-a-passo, linha-a-linha, metro-a-metro. Leio vagarosamente. Deixo de ler por alguns instantes para que quando eu retornar, eu possa sentir o coração apertar como se fosse a primeira vez. Carrego-te assim, aos braços como o amante carrega na face a alegria indescritível de não ser só no mundo. Às vezes finjo te perder, para que o desespero me tome, a fim de que quando eu me perceber na realidade de ter-te assim minuto-a-minuto, eu possa dar valor a cada sorriso teu que me invada, me domine, me enlouqueça.

Desta vez, escrevo-te com lágrimas na face, pois é impossível controlar a emoção de amar-te e novamente saber que se só houvesse eu e você no mundo - duas Evas - seríamos também felizes imensamente, pois bastamo-nos.  

A minha poesia está demasiadamente aflita, agora neste espaço de horas, porque a minha vontade é escrever até não sentir mais as mãos, a fim de ditar as palavras que se derramam agora, desvairadamente, em meu coração. Você é literalmente um anjo. Uma criança em corpo - ...E que corpo! - de mulher... É minha bonequinha, a minha estrela, o próprio ar que eu respiro. Já não sou eu então! Trans-mu-tar-te-me assim, em sua alma que é gêmea minha. E em nossos lençóis, uma silhueta só dorme - tal como adormecemo-nos no seio uma d'outra.

O teu sorriso... a minhaimensidão! O teu sorriso estampado em mim! Aprendi o que era sorrir, quando os teus olhos vi de perto naquela noite fria de algum ano desses da nossa existência pré-mortal talvez. .
- Que seja infinito - é o que rogo aos deuses que puderem me ouvir... Que o teu sorriso seja sempre o motor e a razão da  minha poesia e assim, do meu próprio viver

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Outro inverno se aproxima
Dry Neres




Quanta melancolia invadiu-me... Não sei se pela leitura de João Cabral de Melo Neto, onde lhe ocorria de o amor lhe comer tudo - até os papéis onde ele quereria um dia escrever o nome; não sei se pela chegada breve de mais um inverno me trazendo mais idade... Sei que sinto saudade de um monte de coisas. É uma melancolia nostálgica. Uma espécie de poesia que escolhera derramar o seu líquido em meu corpo. E eu assim, desnuda... Entregue a pensamentos de poesia e violão. Não sei se por ter mais idade a gente se afasta do sorriso simples de criança. Não sei se  perdemos a vontade de sujar as mãos com o doce do algodão...

As horas se passam e os questionamentos multiplicam-se. Calculo o inexato de quilômetros que já percorri... e neste cálculo ineficaz percebo que o ponteiro do relógio asperamente só caminha em uma direção e me assusto ao esfregar os olhos e perceber-me mulher, não mais criança. O peso das responsabilidades nos impõe algumas irresponsabilidades e desafetos com nós mesmos. O peso da idade faz-nos viver numa corrida interminável contra nós mesmos, contra os sonhos que passam depressa diante da realidade que chega sempre em horário inglês.

Escuto som escocês... É hora de recolher as asas das palavras que precisam ser caladas - Elas sempre insistem em falar mais do que deveriam - Não tiveram a educação de esconder, camuflar, tal como o artista chora internamente, para que a platéia possa sorrir. E se a vida fosse tão real... Eu não seria!

sexta-feira, 25 de junho de 2010


Olhando-me assim, penso ser romântica
Dry Neres


Em alguns momentos o próprio romântico deixa de reconhecer-se. Ele planeja o absurdo, cria mundos, dá voz à ausência, dá beijos ao vento. A própria romântica pensa estar louca desvairada a pensar na sua amada em todos os momentos que lhe deram a permissão de viver. Mas o romântico às vezes não tem o cuidado de saber quando precisa ainda mais ser namorado, antes, sobretudo, de ser amigo. E a amizade vai se confundindo com a intimidade numa rima nada boa de ler.  A gente se esquece de tirar do plano atmosférico dos pensamentos, todos os nossos desejos, todo o nosso real sentimento, porque pensamos já assim o saber, o amado nosso, pelo o qual até deixaríamos de viver. É um erro brutal, que te prometo meu afago, não mais deixar de lhe remeter. Não serei romântico só de palavras, mas voltarei a empunhar-te flores e a morrer de amores em ti até o amanhecer. Não deixarei de ser romântico nem pelos ‘ais’, nem pelos dias a mais - tantos, ao qual o nosso amor tem caminhado. Não será o tempo ou a intimidade demasiada que me arrastará da maior vontade realizada que tive ao ter-te assim comigo. Não deixarei mais letras serem desperdiçadas, na vontade ardente de serem escritas, pela vontade inexata de deixar passar essas tintas, pelo fato de já ter o conhecimento perfeito do que é o amor meu. Indago-me, oh minha amada, porque assim teria de ser se somos diferentes... Indago-me e torturo-me, oh minha amada, desculpando-me pelo lapso temporal a que me remeti, esquecendo-me de regar o seu jardim. Perdoa-me pelas palavras ditas em escassez, e pelos beijos que o sono não me permitiu dar, ou pelo poema que não quis declamar. Desculpa-me, oh amada, ultra romanticamente, pelos minutos que deixei meus olhos se desviarem do foco do nosso amor, deixando de ouvir os seus desejos, não te deixando falar, oh meu amor. Voltarei a ser assim, romântica a qual conheces-te em tardes ensolaradas primaveris. Serei seu anjo sem asas, serás minha menininha feliz. Esquecerei o seu nome, porque criança minha, serás... de criança minha te chamarei a fim de agradar o teu sorriso. Deixa-me ser tua namorada hoje, novamente... Deixa-me ser tua essa noite, e te matar de amores, e derramar-me em flor e mel a ti, senhora minha: vassala tua serei! Invade o meu reino, captura minha paz, leva contigo o meu sossego. Traz-me a inquietação, guarda contigo meu coração, para que eu não esqueça meu romantismo outra vez. Olhando-me assim... Penso ser romântica!

sábado, 19 de junho de 2010



A você amor, da tua amada;

Tomei a liberdade de escrever aqui onde a mim são dedicadas as mais belas e sinceras formas de transcrição de amor, do nosso amor. Mesmo não levando muito jeito, mesmo não tendo o mesmo dom que você de lidar com as palavras. Quero mesmo é dizer que eu te amo, e que ao teu lado tudo tem sido felicidade, apesar dos pesares né?! Estes que são pequenos diante da força que nos damos. Em você encontrei um outro eu e também um alguém completamente diferente de mim e assim sei que também foi contigo, e é por isso que nos multiplicamos, nos somamos! É incrível a nossa sintonia. É incrível como tudo nos leva a crer que somos de fato 'a metade' uma d'outra. Já se passaram um ano, seis meses e dois dias dos namorados e a vontade de que isso se prolongue só cresce, cada vez mais. Juntas aprendemos muito, mudamos muito, amadurecemos muito... tudo em função de um grande amor, de uma grande história. Isso só tende a aumentar junto com a nossa vontade desse amor.
Minha linda, obrigada por tudo!

                                              
                         Da sua Estrela.

domingo, 13 de junho de 2010

E-namoradA
Dry Neres

Não poderíamos ter um dia mais perfeito. Visitamo-nos em nosso primeiro beijo. E não haveria dia melhor, nem mesmo hora mais adequada para relembrarmos o momento em que nossos lábios se reconheceram, após tantos anos de busca incansável uma pela outra. Foi inevitável conter as lágrimas emocionadas de um amor que se derrama em nós, em agradecimentos, abraços, lembranças. 

E de seus lábios vi ser desenhada a minha maior felicidade: "Você é o meu melhor presente"!

Eu poderia dizer mil coisas... Inventar outros mil léxicos e notas musicais; mas você sabe, eu sei... que o melhor de nós está subentendido em nosso sorriso. É impossível passar por nós, nas ruas, curvas das estradas, esquinas, sem notar o cheiro de felicidade de exala em nós.

"E até quem me vê, lendo o jornal... Na fila do pão, sabe que eu te encontrei"...

Você é tudo pra mim, minha criança. 

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Descrição ao gosto parnasiano
Dry Neres 




Ninguém acreditava, talvez nem mesmo eu; tampouco ela; imagine o restante do universo... Parecia óbvio, inconstante. Parecia de fato não ser. E era um "não-sei-o-quê" dentro de mim. Os ponteiros dos relógios eram certos em nos dar incertezas; e éramos como vendaval em mares portugueses. Havia calmaria, mas tinha os segundos contados para findar. Lutávamos contra nós mesmas - eu, com meu o orgulho; você, com a sua dor. - Grandes histórias de amor - eu pensara - deveriam ser assim nas ficções... Mas não era ficção; era mais. 

Eu havia rompido o véu dos sonhos e percebia a realidade que se apresentava nua e nitidamente crua. Você, quase conseguiu transbordar algum oceano desses, com tantas lágrimas, tantos questionamentos... Eu as secava uma a uma; vez ou outra, ganhava algum beijo desesperado e  os meus braços cercavam-lhe como quem abraça o próprio ato de ser feliz.

Quando te percebi curada, inteira, erguida pude compreender o fundamento de estarmos juntas. O brilho dos olhos não me cabia no globo ocular. E você disse, como quem arranca do peito o coração e o coloca nas mãos, os mais sinceros desejos seus. Naquele exato momento, eu soube - não se espera nascer o amor como aguarda-se um filho por nove meses; ele, vem quando a gente esquece de gritar o seu nome... ele vem, quando a gente se desvencilha das amarras do egoísmo e quando aprendemos a arte de caminhar com a simplicidade. 

Você veio há um ano e seis meses... 

E até hoje me questiono sobre como consegui viver tanto tempo sem aquela que sopra a alegria em meus pulmões...

Se as cicatrizes existem, são para nos lembrar que saímos de mãos dadas de um redemoinho humano, lutando contra nós mesmas e contra os olhos pouco amistosos do mundo. Hoje é nítido - É infindável - Hoje amor, sinceramente - eu sou louca por você! 


Ps.: O teu sorriso é uma coisa assim - de estremecer um corpo e uma vida inteira.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Surram-me as palavras. Elas realizam uma espécie de balé rítmico em mim. Emitem sons de risos desesperados. O objeto enfim vence o poeta. Suam as mãos em alguns trezentos Celsius. As pálpebras quentes como quem deseja abraçar a amada com os olhos; prendê-la, sugá-la. Os movimentos não se coordenam, porque subordinados são a ti. 

A pele em veludo e nudez, nas suas silhuetas de pecado, perdição e prazer. A boca que beija o veludo interior; e os lábios comprimem a pequena pérola de grande valor. As mãos esmagam as curvas que não têm fim; os olhos exclamam - Vem, fica, mora.

O relevo dos teus beijos emudece, molha... queima, impele a pele a querer mais de ti. Os pés tocam-se como quem fala: - Não é permitido que fique um centímetro teu sem o toque do meu desejo! Os pulsos ardem; e mais Celsius invandem-me. A garganta queima com a vontade das palavras que são ditas no inaudível de um... sorriso na hora do amor! 

Na constelação do nosso céu particular, literalmente vejo estrelas. Minha mente desfila nas pinturas que molduram o meu corpo em chamas e em líquidos.

O que você representa em minha vida, não cabe e nem caberia, como eu já disse várias vezes, em nenhuma descrição humana. É indiscutível o nosso enlace. Guardas nas mãos, bem abertas, toda a minha felicidade; ser feliz é ser livre para voar os quatro, cinco, sete cantos do universo e ainda assim, querer estar eternamente preso a um único pólo; a um único mundo. A minha felicidade resume-se fielmente nos minutos-horas ao teu lado. E se ainda assim, for pouco... perco-me para te encontrar. Encontro-me para te aquecer. Brinco de tocar o que as mãos ainda não alcançam; porque as suas mãos apontam-me a direção segura para prosseguir. Com você não há medo. Com você há sorriso no escuro e coragem no abismo.

Lindo mesmo é ver você sorrir, minha criança!

sábado, 1 de maio de 2010

Pronome a ti
Dry Neres


O que eu preciso dizer a você, não pertence mais às esferas simples das palavras já conhecidas. Por isso, esmago-me neste aparelho de escrever a fim de colar meu coração nestas letras, para quem sabe ter o poder de redigir três ou quatro versos. O inexplicável do amor foi o conhecimento mais perfeito que pude perceber em mim. De sentimento abstrato que não se conhece e não se toca, passou a habitar em mim na personificação de tuas fotografias reais. Antes eu, de sabedora das arquiteturas do sentimento, hoje sou apenas refém ou oração subordinada das impressões que o amor me causa. 

Ele, o amor, transforma tudo em nós - desde o andar até o que pensas que dominas mais em você. Pensara eu, saber dominar o dicionário que mora em mim. Hoje, ele me surra porque usa das mãos para dizer o que o coração quer mostrar, sem reservas, com total desprendimento... Sem medo ou cuidado do que irão pensar. Porque o que eu penso é que te amo. E se assim o é: nada há que temer!

O nosso amor se desdobra em mil outros adjetivos. E no uso do meu infinitivo quero viver com você mais vidas do que o conhecimento prévio do homem julga existir.  Não tenho condições alguma de exigir algo mais da vida - O sinal de adição já habita-me. Vencemos tudo e todos numa guerra firmada no invisível dos nossos dias. Porque eu não me canso: eu já era tua! Entregue, nua... Tua! ... Antes ainda do teu concebimento, eu já era pronome a ti - Tua amada e cúmplice. 

[...]

"É incrível... Nada desvia o destino. Hoje tudo faz sentido e ainda há tanto a aprender. E a vida tão generosa comigo veio de amigo a amigo, me apresentar a você. Paralisa com seu olhar - Monalisa. Seu quase rir ilumina... Tudo ao redor minha vida. Ai de mim, me conduza Junto a você ou me usa pro seu prazer... Me fascina: Deusa com ar de menina! Não se prenda a sentimentos antigos... Tudo que se foi vivido me preparou pra você! Não se ofenda, com meus amores de antes, todos tornaram-se ponte pra que eu chegasse a você"!

Toda a cor e leveza e poesia e sentimento e bondade e compreensão e alegria e o que mais há de bom em mim, provém de você!