quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Os teus olhos
Dry Neres



Eu que nunca tive tom muito cerimonialista, tenho pensado em me casar com você todos os dias. Também nunca pensei em fazer café pela manhã e acariciar a face de algum anjo à noite, tenho assim o feito incessantemente. A você, destino hoje a minha literatura viva... a minha literatura transmutada e conservada na verdade única, de que te amo, amo, amo e não quero parar de amar nunca mais. 

Os teus olhos me trazem a certeza mais exata de que Deus com sua bondade infinita resolveu secar minhas lágrimas e me colocar no colo. E para um feito tão grandioso, enviou você. Quando me percebi ao teu lado, senti também e juntamente, suas mãos que mais pareciam o melhor abraço do mundo, ao acariciar minha face, me pôr no colo e secar o infinito rio que derramava dos meus olhos. 

Os teus olhos me trazem cartas, todos os dias... Abençoadas da mais perfeita verbalização e representação humana do que hoje entendo e sei, que vivo de amor. E ainda que, se você não estivesse comigo, eu continuaria a usar nossas alianças. Sim, continuaria a cantar para você, escrever para você, ser tua... Não se deixa de amar, o que começamos antes mesmo de termos pisado tais terras, da Terra. 

Você me traz leveza, inspiração. O seu sorriso é o lugar onde estampo o meu. Você é tudo pra mim. Não há dúvidas de que nos casaremos em cada cômodo, em cada país, em cada estado (de espírito) - na alegria e na alegria, na felicidade e na felicidade, na saúde e na saúde e todo o resto do cerimonial que os apaixonados sabem de cor. 

Eu vou estar contigo pra sempre, menina. 

Sempre, entendeu?

EU TE AMO... com ou sem cerimonial. EU TE AMO.

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