quinta-feira, 7 de outubro de 2010


 METALINGUÍSTICO
Dry Neres

Descrever-te-ei como MINHA metalinguagem. Falarei de ti, tal como és em mim. Cuidarei em transmitir fielmente as ternuras e a linguagem rebuscada que apresentaste ao meu coração. Por meio dos teus olhos pude enxergar a possibilidade de ser poeta na alegria. Observando a geometria do teu corpo, consigo distinguir facilmente qualquer obra de arte.

Disserto de ti, como minha linguagem única, uma vez que, somente a tua língua é capaz de me ensinar os neologismos e teorias acerca da comunicação entre os órgãos de amar. Transformo em poema a sonoridade sutil da tua fala, quando aos meus ouvidos sussurra a verdade que emana em ti, do amor infinito que nutre por mim. Sou feliz por me casar em silêncio com você, todas as noites, quando contemplo o teu sorriso a repousar sobre tua face de princesa.

Com e por você, eu invadiria reinos, daria nomes novos às verdades preestabelecidas; Com e por você, eu nasceria mil outras vezes, a fim de aperfeiçoar o sentimento de amar em mim... Eu quero cuidar de você para sempre. Ser sua guardiã... Beijar teu corpo docemente, enquanto você balbucia suas reclamações acerca do meu comportamento infantil e afobado. Hoje, sem dúvida alguma, daria minha vida por você, tal como me comprometi no instante em que contemplei sua silhueta pela primeira vez. Comprometi-me a te fazer feliz, independentemente do que acontecesse, em qualquer ocasião, em qualquer decisão que você fosse tomar em relação à minha permanência em sua vida. Até então isso era segredo velado. Agora, você sabe: desde o primeiro dia, eu já havia me convencido, de que por você eu lutaria, enfrentaria os dragões, os dogmas, o universo.

Escrevo-te porque a minha literatura está fundamentada nos teus olhos... e deles meu coração nunca se desvencilhará. Apaixonei-me neste exato instante novamente por ti, enquanto escrevo e velo o teu sono. Obrigada anjo, por me fazer tão feliz e por ser muito mais do que pedi a Deus.

Eu te amo muito... mais que muito, mais que extremo, mais que a soma de todos os componentes do universo!

“Embaixo ou em cima da terra, sem ela estou morta” (Lisbela e o Prisioneiro)

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