segunda-feira, 9 de junho de 2008

O tempo - Dry Neres




Eu queria poder dizer pra mim mesma que estou errada. Ou dizer que é tudo uma bobagem, fantasia. Meu corpo tem-me dito que não. Os sintomas são e estão aparentes. Desorientação! O silêncio me castiga. Todavia, não posso cobrar palavras; não posso cobrar nada. É incrível como as flores ou espinhos nascem independentemente da nossa vontade. Nunca me vi tão vulnerável, também nunca me vi tão sorridente. Parece loucura, porque não tenho motivo palpável pra sorrir. Mas já dizem os grandes sábios que somos verdadeiramente felizes quando estamos no mundo da utopia, do desejar, do criar, inventar e do esperar. Acho que isso tem me mantido em pé. Não gosto de ser tão nostálgica, nem de falar demais. O silêncio que era meu, foi tomado por um turbilhão de palavras, que tem assustado as pessoas e tem feito com que tenham dúvidas. Não sei até que ponto é agradável. Sei que posso esperar todo o tempo que for preciso. Porque a urgência dá espaço à calma agora, visto que não posso deixar escorrer pelos dedos a água que sempre quis que matasse a sede minha. Eu espero todo o tempo que for preciso e isso não é uma hipérbole desenhada. Tenho um templo que oferece morada. Está tudo à flor da pele, mas eu ainda posso me controlar!

2 comentários:

busillis disse...

Viva :)
Belo pensamento, vais conseguir controlar!
Hoje é dia da minha apresentação!
E aqui estou.
Espero a tua visita...se quiseres!

Heduardo Kiesse disse...

Identifico-me bastante com as tonalidades que as tuas palavras ganham dentro de mim. São uma espécie de espelho em mim! Fastástico poema com um imenso e intenso grau de sensibilidade e beleza querida amiga! Muito bem!!
Beijo

paradoxos