sábado, 3 de maio de 2008

Metades - Dry Neres


Me pego sempre a pensar na ambiguidade humana, na nossa forma ímpar de amar, de achar que amamos, de sermos amados, de achar que somos. São sentimentos que penetram uma alma já adormecida. Quem há de fazê-la sorrir novamente? Sim. Por si só as estrelas já a fazem. Todavia, como uma espada flamejante, algo a corta pelo meio... Ela se recompõe e cortam-na novamente. Metades! Ela é um inteiro de uma metade. Ela caminha entre espinhos como se fossem flores e sabe fazer o contrário também. Ela ama, sofre, sente, chora, treme, finge, mente; dia e noite, noite e dia... Para que você não sofra. Para que não se faça sofrer. Para que você não sinta essa mesma agonia ao olhar no olho que te sorriu um dia.

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