segunda-feira, 16 de março de 2009

Princípio e fim
Dry Neres



Penso que é razão de ser e existir, o tal verbo amar.

Gosto do seu riso infantil, amor meu. Aprecio com delicadeza e num grau de observação absurdo o passar dos dedos teus que se entrelaçam em meus cabelos ondulados. Finjo que durmo enquanto te sinto passear em minha face com seus lábios em ato de acariciar e fazer dormir. Amo a leveza com que você conduz suas palavras em desatino ao meu aparelho de observar letras. Gosto da nossa intensidade incompreensível aos olhos de alguns e nosso carinho visto como loucura aos olhos de outros. Guardo de forma ímpar os seus suspiros e as canções que ousas balbuciar nos nossos atos românticos. E entre as flores está escondido o nosso cuidado. E cada pétala representa uma noite em que seu corpo habitou o meu na mais suave brisa dos tempos em que o vento uivava na janela. Gosto da confusão que é os seus cabelos nos meus. Amo recitar poemas com rosas vermelhas em punho, só pra te convencer que você é minha religião. Só pra te convencer que seus lábios ainda são para mim com oásis no desesto. E que seu colo ainda é o lugar mais seguro para eu morar com meus devaneios. É doce, tão doce sentir teu cheiro suave na minha camisa. É doce, tão doce, brincar de beijar minha pele, por onde seus lábios passearam.

És canção. És meu amor. É bom te ter completa, aqui na minha vida. Eu amo você!

Um comentário:

Poeta Mauro Rocha disse...

Amar se aprende amando, já dizia Carlos Drummond Andrade.Ame!!

Beijos!!