quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dois
Dry Neres



O somatório das palavras e dos vocábulos que meus lábios e dedos já pronunciaram desde, não pode jamais ser contado em linhas ou explicado matemática, física ou levianamente. Cada verso devotado a ti, foi e será sempre uma tentativa apaixonadamente poética de te entregar pedaços meus. O imensurável pôde ser agregado a alguns papéis de cartas convencionais ou virtuais. Antes desses setecentos e trinta dias, eu acreditei erroneamente que a poesia era matéria-prima somente das grandes literaturas e das mãos inspiradas e inspiradoras de alguns deuses da arte. Hoje, tenho poesia nas pálpebras, na pele. Esqueci-me antes então de ler, que a poesia era viva e habitava os seres, todos, tal como o sopro foi dado ao homem em forma de vida. Esqueci-me, propositalmente, de que a dádiva do sorriso e a graça de enxergar de olhos fechados, me seria concedida, visto que é destino incontestável daqueles que se permitiam fazer amor com a poesia e vice ou verso. 

Foi quando você veio: incontestavelmente apaixonante! Todos os meus passos, cada ponteiro dos relógios, cada minuto de respiração minha, foi cuidadosamente endereçado à tua felicidade. Aprendi que amar não é viver na utopia, concebendo a ideia de um ser que não erra, não chora, não tem limitações. Diante dessas constatações, sei que amo e que sou amada, porque não vivemos vinte e quatro horas nos jardins floridos dos contos; mas conseguimos converter todas as dificuldades num somatório do mais puro amor. Diante dos desafios, o nosso amor ganha novas blindagens em sua armadura, e assim, se tornou invencível. Eu te amo, porque só você consegue deixar meus olhos marejados de felicidade e de fascínio. Ainda que pareça clichê, você é a minha metade. 

Amo incansavelmente, som harmônico da tua voz, a doçura e agilidade das tuas mãos ao cuidar do meu prazer, a sutileza e a verdade dos teus olhos, ao dizerem sempre tão carinhosamente, que sou teu amor real. Admiro em especial a arquitetura lírica do teu corpo, que juro por inúmeras vezes, ter pensado sem ficção. Um corpo que ultrapassa a estética material; um corpo que abriga as qualidadess mais admiráveis em um ser vivente. Você é tudo pra mim!

Renovo meus pedidos de casamento... Casa comigo diariamente, ou todo dia primeiro, em dízima períodica ou em vírgula por gradação.

Um comentário:

P. disse...

Simplesmente achei seu blog fascinante...lindo os textos.
Parabéns!