quinta-feira, 3 de setembro de 2009

E então o amor nasceu em mim
Dry Neres

Hoje em dia anda tão fácil de matar o amor. Nesses tempos de esfriamento, o amor implora aos seus ouvintes que Lhe dêem moradia, abrigo, consolo. Eu, por mim mesma, fui acometida pelo então Amor (sujeito romântico, cheio de predicados e hipérboles) - para amar alguém loucamente - com toda a intensidade que me mora. Faz dez meses ou ainda trezentos e quatro dias ou ainda sete mil duzentas e noventa e seis horas em que eu aprendi a comprender o significado de muita coisa que antes me passara despercebido. Almoçar se transformou numa tarefa dupla pra mim. Dormir também. Escrever também, visto que não consigo me ver tão solta dela. Antes de comer algo, penso se ela já comeu também. Antes de descansar as pálpebras, velo o sono dela mesmo que em alguns quilômetros poucos distantes. Antes de escrever reúno toda a inspiração que os beijos dela me dão.

Entendi, desde então o verdadeiro significado de poesia, porque ela se fez por inteiro todas as minhas letras alfabéticas e a minha coesão e a minha coerência. Penso que não me cabe tanto amor. E por isso, derramo-me em frases para dizer da divindade humana que me mora - Ela, a dona dos meus ais! Se mal visto esse amor ainda se faz, diante da 'pequenura' do campo de visão de alguns - eu insisto em desenhar nos muros, braços, beijos, olhos o tamanho desse cuidado que devotamo-nos. Eu grito assim tão alto, não para causar espanto ou por rebeldia. Eu grito tão alto assim para derramar mais cor no mundo, porque não há amor no universo - 'mais aquarela' que este que mora no peito meu. Ah, como me é divertido rir dos seus risos largos. Como me é delicioso beijar os olhos enquanto dormes. Acariciar teus cabelos negros rosados. Abrigar meu corpo no teu, como a mão abriga a luva - ou vice e versa ou isso e tal.

Eu tenho encanto e ternura por tudo o que ela faz. Na verdade, não é segredo meu, que eu acho-a uma das mulheres mais lindas desta Terra inteira - (ela só não ganha o 'pódio', porque tem aquela que me gerou e pra ela ofereço todas as flores de todos os jardins e ainda, para a que é irmã minha - na verdade alma gêmea minha, minha criança e amor primeiro). Tenho em mim a loucura dos que amam. Da loucura mais sã que meu coração pôde provar, quero embriagar-me infinitamente. Infinitos são os seus beijos, amor! Infinitos são nossos abraços e risos exagerados! Desesperada é a minha respiração quando te encontra. Úmidas são as minhas mãos quando te alcançam.

Eu a amo de uma forma tão indescritível - Imensa. Faz dez meses que nossos lábios se acharam um n'outro, todavia meus olhos já te procuravam incessantemente. A minha poesia buscava os teus olhos de mar, desde que eu fiz o movimento de pisca-abre de pálpebras aqui nesta esfera denominada Terra. Eu já te desenhava antes mesmo de te ver, assim tão de perto. E nos meus sonhos de amor, suas mãos já me acariciavam. Eu ja te amava, antes mesmo de te conhecer.

Um comentário:

Anderson Meireles disse...

Meu Deus! O que tem esmagado esse coração - que eu sei - que é tão grande?
Nesse coração que cabe um mundo inteiro...
O mais humano coração que eu conheço...
Fica bem, aquieta-te coração!
Aprenda que não é possível amar o mundo inteiro!
Saiba...pode me chamar a qualquer hora...abraço!