quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Texto perfeito de uma boneca cujo nome é canção excelsa, divina, insana: Damaris Carvalho - ela me lembra tanto a Lispector *__*

Desde que nascemos estamos fadados a amar. Até porque por amor fomos criados e em função dele vivemos. Nos acompanha do princípio ao fim, é a perpetuação da vida. O supremo sentimento, pai de todos os outros. Somente conhecido e talvez compreendido através da experiência direta-talvez, pois até hoje não há menção na história de alguém que o tenha feito.
É dor, é fogo, desejo, encanto, fascinação. Sentidos. É incessante, arrebatador. Problemático. " Contentamento descontente". Não é como a paixão que é chama que se não alimentada apaga, é como o próprio ar. Nos mantém vivos, nos embala. Inexplicavelmente o néctar da vida, sentido até mesmo que em algum dia, em meio a algum devaneio, seja maldito. Nos torna divinos na mesma proporção que nos torna humanos. Faz com que seja sentido cada pulsar, cada contração, de todos os órgãos que compõem o tão frágil corpo em que habita.

Damaris de Carvalho

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