terça-feira, 15 de setembro de 2009

A fim de entender as curvas geográficas do seu corpo-país
Dry Neres





O que eu sinto por você não cabe em nenhuma descrição. O que o seu sorriso me causa assemelha-se com o cuidado que o poeta tem para com a poesia. Você me moldou. Visto-me dos teus cheiros e invado tuas roupas em ato de fome. Até hoje, mesmo tendo percorrido vários dias desse casamento de lábios, tremo ao dizer que te amo e as pernas ficam bambas quando tua voz tão adocicada acompanha o meu aparelho responsável por ouvir suas juras de amor. Eu me agarro aos seus lençóis quando o seu fogo me invade. Reinventamo-nos a cada segundo e fazemo-nos assim inéditas sempre uma para a outra. É como se o amor tivesse acabado de nascer a cada beijo.


Eu queria saber fazer arranjos bonitos de palavras poéticas. Queria mesmo escrever como um Drummond para que você pudesse embebedar-se com as minhas letras. Eu queria ter todas as faculdades humanas a fim de entender as curvas geográficas do seu corpo-país. Quisera assim ter o conhecimento de todas as línguas para te invadir com os léxicos e sentidos que pudessem tocar o intocável em você - entre, dentro, mais. Ah, se eu pudesse ter o dom de 'historiar' para descobrir de tuas outras vidas, tantas vidas em que nos amamos através dos séculos.


Eu seria incapaz de descrever o misto de emoções que acontecem em mim, a cada vez que seus olhos mapeiam os meus. Eu amo os nossos silêncios e gritos. Eu admiro nossa compreensão, fidelidade, amizade... Mas o que mais me instiga é a nossa Intimidade. É quase surreal... é... incrível... estonteante! Casamo-nos, amor! Vivemos sem sombra de dúvidas um romance à moda antiga. Você é a confirmação do que eu um dia ouvi dizer sobre a felicidade. Eu te amo com tanta força. Eu te amo tanto...

2 comentários:

Milla disse...

Simplesmente lindo...

Sentir esse fascínio por alguém é um dos sentimentos mais doces que se pode ter!

Gostei. Mesmo!
Beijão!

Glenda Moreira disse...

-Ao post:
Não sei se escrevo por livre arbítrio ou se me cega a paixão por tuas palavras(orientada pelo meu desarranjo hormonal) e me deixa concordar com aquilo que dizes.

-Ao que escreve:
O amor pra mim é isso. É o descontrole da hipófise!Por mais cômico que possa parecer, é isso.

-Às palavras
Tão belas... cheias de sentimento, sangue, fervor, tuas: escreves como se pudesse jorrar.