sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Pedido nº 558550558
Dry Neres



Quando a gente se abraça, eu consigo sentir uma pausa no mundo. As pessoas engolem suas falas, os carros param nos sinais, o sol observa; o cenário humano contempla. O seu abraço é sem dúvida a melhor roupa para o meu corpo nu. Gosto da forma ímpar, como quando as suas mãos atravessam a circunferência da minha silhueta.  Suas mãos exalam fome, abrigo. Suas mãos... se confundem com as minhas no ato de conhecer novas rotas e mapas meus.

Eu amo o som da tua voz no silêncio do teu sono. Você não dorme; faz poesia nos lençóis. O seu corpo se ajusta às curvas sincrônicas da beleza, na invisibilidade do ar. E eu, sua Vassala, Ó senhora dos feudos e reinos. Arrisco-me ao observar-te descansar as pálpebras. Beijo-te os olhos na tentativa de acalmar os teus sonhos. Arrisco-me, porque enquanto dormes, 'a-cor-da (te)' em mim a nobreza da tua simplicidade. E eu, sua Vassala...

Quão bom é amar assim! Com quanta devoção, queima em mim tal sentimento... Eu a amo, como nunca pensei um dia amar alguém. E cresce em mim vinte e quatro horas por minuto a admiração por toda a sua perfeição sobre-humana. Ser-te-ei, céu; ou mar; ou tua esposa. Ser-te-ei, lealdade. Quão bom saber que amas a mim tal como me derramo em paixão por ti. Somos assim, amantes e indecifráveis.

3 comentários:

Anônimo disse...

Como faz pra conhecer a poetisa? :x

Ingrid disse...

Sempre fico fascinada com tanta paixão... sempre! hahaha
beijos, moça.

Heduardo Kiesse disse...

indecifrável é esse sentir que me senta no colo e diz que é tua palavra!

:-)


SEM PALAVRAS!!!!!