segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Olhos Capitulinos
Dry Neres



Eu preciso te contar... Deita aqui no meu colo como quando o sono não quer te abraçar e a insônia te toma os neurônios... Deita aqui para que eu te diga o que esse coração apaixonado grita dia após dia ainda que em meio a essa caminhada imersa em dúvidas, despedidas ensaiadas, risos, lágrimas, viagens, beijos, intensidade. Ainda me recordo da casa prosaica, primeiras palavras que enderecei aos seus olhos. Ainda me recordo da forma profunda como quis que me conhecesse logo de início. Lá estavam as formas, as cores, os sons e os sabores da minha poesia que eu queria que fosse sua. Hoje o que temos é muito mais... livros vivos, cumplicidade, o vermelho fogo que não cessa... Uma história que não consigo enxergar fim. Construímos uma vida. Construímos algo infinito que confesso até hoje não saber nomear. Confesso ainda não saber o que fazer quando os teus olhos capitulinos cruzam os meus. Não sei se beijo ou toco ou mergulho ou encanto... Não sei o que tens por trás deles. Sei o que sinto quando os vejo. Êxtase. Hipérboles. Não cabe em calendário algum o que eu sinto por você. Não há descrição capaz de figurar o que é o encontro dos nossos lábios. Não me percebo no mundo sem você.


2 comentários:

*** Cris *** disse...

Olá,td bem? Passando para desejar-lhe feliz ano novo!

Forever Dieguita disse...

Bonitas palavras!