sexta-feira, 8 de abril de 2011

Dry Neres




No estômago um embrulho, nos olhos o ardor de lágrimas que já tem tempo aproximado de quarenta e oito horas, no coração batimentos descompassados, na garganta um nó. A minha poesia está silenciada diante de tanta barbárie. As lágrimas não cessam. Penso em meus alunos, em meus companheiros de trabalho, em nossas famílias e é  inevitável conceber que poderíamos ser nós ali naquela situação. O meu corpo não aceita alimentação, recusa repouso. A tragédia instalou-se em meu peito. As mãos trêmulas ao expressar os sentimentos de vários. O ambiente que configura sonhos foi transformado em uma tela nada artística manchada a sangue. As lágrimas não cessam. Vidas lançadas fora, precocemente disso que conhecemos por Terra. Meus olhos querem enxergar aquarelas de esperança, mas o coração diz outra coisa. A dor é imensa. As lágrimas não cessam.

Um comentário:

Poeta Mauro Rocha disse...

Feliz Páscoa a você e a todos de sua familia e amigos.

Um um abraço!