In-Dependência
Dry Neres
É um vínculo dos mais extremistas, o que me liga a você. Sabe o que é não saber ser você mesmo, sem aquele ‘serzinho’ que lhe dá sentido até ao bocejar e abrir e fechar de olhos? Eu que sempre quis ser livre, imploro agora todos os dias para que os seus braços sejam o máximo em circunferência do além que eu possa conhecer. Os meus limites estão expressos em você. Não ouso sequer criar novas rotas ou curvas, porque já tenho o mapa e a visão de céu que é estar ao teu lado. E depois disso, não ousaria sentir desejos outros de caminhar sem ser paralela aos teus passos.
Eu que por várias vezes achei bom gosto em estar isolada de mim mesma; de mãos aos bolsos em sombra única e fria... Que achava ser a vida assim até boa de viver, mas sem ter tocado fielmente a felicidade e a graça divina do que é amar... E que acreditava conhecer os mistérios da existência e das pessoas; contemplei diante de ti a mais inacreditável representação do que é não saber de nada além da respiração tua. Aprendi os teus compassos e a musicalidade dos versos ímpares do teu sorrir. A tua voz e o teu sorriso são os elementos mais vorazes da dependência estabelecida de ti a mim.
Depois desse tempo reflito... Já éramos sem dúvida alguma pré-ordenadas a ser uma d’outra. Porque não há explicação filosófica, religiosa ou científica que desbanque o nosso afeto incomum; a nossa sutileza ao cuidar do amor de uma a outra. Almas gêmeas se assim preferir! E se a eternidade não nos couber, certamente inventaremos algum outro lugar para abrigar nossa felicidade.
A paisagem rústica, iluminada lá fora não me abraça... Porque não te tenho aqui ao meu lado para sentir o roçar da ponta do teu nariz no meu, nem os teus pés que acariciam os meus e se abraçam e beijam. O som do vento hoje à noite não se fez amigo, porque os teus beijos não vão morar aqui em meus cabelos. Estou em estado de abstinência tua... E o mais engraçado é que somente doze horas nos separaram. Todavia, qualquer segundo longe de você é como ser estrangeiro de país em estado de calamidade pública.
Casa comigo pra sempre... Amanhã esta abstinência se vai e serei novamente feliz por mais algumas horas em que a minha alma e a tua farão a mais bela pintura retratada em arte moderna ou clássica acerca do conhecimento que nem mesmo temos... Sobre o porquê de nos amarmos tanto assim. Eu não preciso conhecer mais nada... Tudo o que me alegra e faz com que minha vida tenha sentido já está em mim. E com conhecimento de causa, posso dizer: se eu não sabia antes o que era o amor, hoje sei, porque você nasce em mim todos os dias e me é como o próprio surgimento do mundo – sempre esplêndido e divino – e me é sempre como o cantarolar das coisas mais lindas do universo.
3 comentários:
Esse amor eterno...
Gostaria mais uma vez agradecer você e a todos que visitam e comentam meu blog, vou parar de publicar por algum tempo e me dedicar a estudos, preciso, já estou de certa forma afastado, visitando pouco meus amigos de blog, mas agora é para valer. Deixo meu “último” poema, dedicado a Brasília e seus 50 anos é antigo, feito quando eu tinha meus 20 e alguma coisa,srsrrs, mas gosto dele e acho que é o momento certo.
Mais uma vez obrigado por suas palavras e carinho com meus poemas e meu blog.
Um abraço!
Esse amor eterno...
Gostaria mais uma vez agradecer você e a todos que visitam e comentam meu blog, vou parar de publicar por algum tempo e me dedicar a estudos, preciso, já estou de certa forma afastado, visitando pouco meus amigos de blog, mas agora é para valer. Deixo meu “último” poema, dedicado a Brasília e seus 50 anos é antigo, feito quando eu tinha meus 20 e alguma coisa,srsrrs, mas gosto dele e acho que é o momento certo.
Mais uma vez obrigado por suas palavras e carinho com meus poemas e meu blog.
Um abraço!
Realmente, há felicidades que não caberiam nunca em nenhum tipo de eternidade...
Abraço!
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