Eu
sei. Tudo bem. Estou mesmo em débito com nossas confissões poéticas. O
importante é que você saiba, que a poesia pra mim sempre foi fuga. Com você eu
não preciso disso. Eu não tenho tempo para contar as alegrias em caracteres no
papel. Nossa realidade me rouba o devaneio do fingir poético, do sofrimento que
se quer ter. Com você eu não preciso disso. Estou sóbria. Lúcida. Conectada.
Com você eu não preciso disso. Tudo bem. É um mimo e você adora. Então escrevo.
É um mimo, um direito seu e eu não vou roubar isso de você, apesar de acreditar
que eu deveria estar agora me poetizando no desejo dos teus lábios. Tudo bem,
eu escrevo. Mas não consigo enquanto você me beija. Então senta ali. Me deixa
aqui pensar no que fizemos nos últimos dias. Amor, com você eu tenho a direção.
Eu que nunca gostei de roteiros, amo desesperadamente o contar dos segundos pra
te ter ao meu lado. Eu que nunca gostei de roteiros, te leio tarde, dia e noite
e decoro tuas falas, caretas, sorrisos, birras, curvas. Decoro. Não posso te perder
nunca. Seria simplesmente como dar adeus ao que sou, ao que me fiz, ao que
somos. É isso - TE AMO!
2 comentários:
"Não posso te perder nunca. Seria simplesmente como dar adeus ao que sou, ao que me fiz, ao que somos"
um adeus entre adeuses, despedidas que se despem nas mãos!
a tua poesia é tudo, é amor!
Tirando a agunia no olhos por causa da fonte (sugiro um tom acima na escala cinza pra aliviar o brilho), estava pensando nisso ainda ontem..
Ainda bem que, quando não encontro resposta começo a andar pelo mundo dos outros e peço emprestada as explicações dos outros.
Eu não escrevo quando não sinto dor.
Um mínimo que seja.
Dsculpe pelo pitaco na fonte, vai ver tenho de ir ao oftalmo.
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