segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

- Mil e noventa e sete dias



Não. Eu não suportaria te perder... Ensaiei esse exercício mental por alguns minutos e então senti-me desfalecida. Um amargo tomou-me os lábios e pontiagudas faíscas de dor invadiram o meu aparelho cardiovascular, que abriga o órgão do amor. Não. Negar ao nosso amor é como anular a melhora significativa que se formou em mim após meus dedos tocarem a sua face pela prim
eira vez, há mil e noventa e sete dias. Eu amo o impacto que a sua existência provoca em mim, como refúgio, alento, segurança, cuidado... Eu amo suas caras e bocas e exageros e melancolias e a inexistência de segredos entre nós. Amo, sobretudo, a dádiva de escrever um livro só nosso, com a nossa história viva e inspiradora, orquestrada em poesia e música, habitante de um teatro da vida real.
Em 'quase segredo'...