domingo, 24 de abril de 2011



Quem fala de amor deve dispensar a formulação de nexos, estudos linguísticos, morfologia despreparada. O amor é simples e quem se apropria dele fala com a alma, ainda que pareça estar segurando um dicionário ou enciclopédia na ponta da língua. O meu coração exala o que eu sinto e tudo é inédito, NEOlogismo. Esse romance não encontrasse nas escalas universitárias... é mais! Portanto, Shut up!   

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Dry Neres




No estômago um embrulho, nos olhos o ardor de lágrimas que já tem tempo aproximado de quarenta e oito horas, no coração batimentos descompassados, na garganta um nó. A minha poesia está silenciada diante de tanta barbárie. As lágrimas não cessam. Penso em meus alunos, em meus companheiros de trabalho, em nossas famílias e é  inevitável conceber que poderíamos ser nós ali naquela situação. O meu corpo não aceita alimentação, recusa repouso. A tragédia instalou-se em meu peito. As mãos trêmulas ao expressar os sentimentos de vários. O ambiente que configura sonhos foi transformado em uma tela nada artística manchada a sangue. As lágrimas não cessam. Vidas lançadas fora, precocemente disso que conhecemos por Terra. Meus olhos querem enxergar aquarelas de esperança, mas o coração diz outra coisa. A dor é imensa. As lágrimas não cessam.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Apaixonadamente
Dry Neres






A nudez de um relacionamento que é extremamente humano rasga as vestes da pele que pensa saber de todas as coisas. É considerado relativamente fácil se apaixonar por uma pessoa, todavia permanecer apaixonado é a grande dádiva. Apaixonar-se pela perfeição não é nobre feito. Encantador mesmo é amar cada pedacinho das qualidades e dos defeitos de alguém. Compartilhar o travesseiro, a toalha, o almoço, os diários, a escova de dente, o pente, o cobertor... apaixonadamente! Multiplicar os sorrisos, gritar os medos, fechar os olhos juntos, esfregar os pés, beijar a ponta do nariz, acariciar as mãos... apaixonadamente! Brigar com dramaticidade, pegar as chaves do carro para fugir dos conflitos, fazer rolar lágrimas de ausência... apaixonadamente!

A paixão não nos larga um só momento. O amor penetrou nossa pele e já afirmou em alto e bom som: "Não vou sair"! Não adianta lavagem, raspagem, laser moderno. Não adianta trocar de nome, identidade, roupa, mundo. Não adianta! O que construímos, amor é algo inédito em nós. Saboreamos dia-a-dia o doce da nossa loucura e sanidade. Amamos com cuidado, comprometimento, poesia. Amamos! E tudo se cala diante do amor. Tudo se curva diante do amor. Eu me curvo diante de você... Apaixonadamente!