terça-feira, 31 de agosto de 2010

O HOMEM E A MINA
Dry Neres


O coração não queria me dar trégua. Na garganta o nó de trinta e três. Na sede, a angústia de trinta e três. Na fome, o caos de trinta e três. A vida vista em tubos. A esperança soterrada à setecentos metros. A esperança ainda viva num pedido de casamento. Os olhos que não se alcançam. A escuridão anunciada. Os bravos combatentes da claustrofobia e da saudade. Os sorridentes soldados desnutridos e descamisados. A vida vista em tubos. E o que mais dói saber é que nem precisa estar enclausurado numa mina subterrânea para sentir solidão - porque muitas vezes, a "mina" está dentro de nós. 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Amor, meu grande amor
Dry Neres



NÃO serão birras, nem brigas, nem broncas que terão o poder extra-vivo de nos separar. Não serão as cenas, ou ciúmes, ou crises de tempos em tempos que ousarão destruir o maior e melhor amor do mundo. O respeito e cuidado que construímos está calcado no mais belo solo FÉ-rtil - o solo do nosso amor fiel e devotado.

Eu te amo mais a cada dia. Eu te desejo mais a cada beijo. Eu me orgulho mais de você a cada conquista. Há provas circunstanciais, de que não vivemos um amor de carnaval, ou de verão, ou de alguns poucos dias. Há provas ainda mais evidentes, de que nascemos uma para a outra. O teu riso me é tão familiar... tão DOCE e conhecido. As tuas mãos são tão conhecedoras dos meus encantos... Os meus pensamentos e o seus estão completamente concatenados. Você é detentora de todas as minhas juras de amor. Sou DEVO-tada a ti, inteiramente. Eu conheço cada movimento do teu corpo, cada linha, cada líquido. Eu sei distinguir PERFEITA-mente cada nota PRESENTE em tua fala, cheia de verdades e amor tão puro, ao qual me devota com tanto afinco.

AMOR, MEU GRANDE AMOR...

Você é MUITO, MUITO mais do que eu pedi, ou que pude imaginar um dia. Você é o amor de todas as minhas vidas e mais um pouco. . . Te sinto como a ex-TENSÃO do meu corpo - sinto e percebo a vida como você. Abrimos e fechamos os olhos com um mesmo intuito, foco. . . olhamos na mesma direção, enfim. Eu quero beijar tuas mãos, beijar teu instinto, seus extremos, seus nortes. Você, minha estrela, é o meu amor, meu grande amor.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

O segredo é não pensar no "ontem"
Dry Neres



Queria envolver teu coração nos meus braços e te ninar. Queria não precisar responder aos teus olhos indagadores. Queria mesmo e mais ainda, que tua confiança fosse verdadeiramente firme.
Quando o amor é questionado, ele sofre. O amor não admite dúvidas. O amor magoasse facilmente quando os seus afetos transbordantes não são vistos como se queria. E o amor... Queria apagar todo o "ontem", porque meu hoje é eterno - Meu hoje é você!
Eu não queria ter que chorar agora... Mas é insuportável a ideia de que seus pensamentos não têm te dado trégua, nem paz. Eu sei que NUNCA amei e NUNCA vou sentir por alguém o que eu sinto por você. Sim, ultrapassa tudo o que estabeleceram de comum em um bom relacionamento. Ultrapassa o que o universo definiu como amor. E por que você não consegue fazer disso a tua e a minha verdade? Por que?

"Queria mesmo e mais ainda, que tua confiança fosse verdadeiramente firme".

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ao teu medo
Dry Neres


Não haverá dança sem par. Frio sem abraço. Beijo sem flor. Estrelas sem céu. Não haverá a mínima possibilidade de Dam sem Dry. Diga ao teu medo que fique - BEM LONGE DE NÓS - Diga ao teu medo que sou seu ponto de exclamação, seu império, seu travesseiro.

Tenho pensado mais fortemente nos últimos dias acerca do nosso apego. Penso que se preciso fosse, eu largaria tudo - diploma, trabalho, carro, residência fixa - para viver com você onde quer que fosse. Sinto NECESSIDADE de ter você minuto a minuto perto de mim. E o tic-tac, bi-bi, fon-fon da rotina me faz um Sócrates questionador do Clero. Eu não queria precisar transformar o mundo dia-a-dia lecionando Língua Portuguesa e outras humanidades, se a mais bela transfomação já ocorreu em mim. Sou licenciada e bacharel em você. Estou Mestrando em - como fazer uma mulher feliz - Eu não preciso ser eu, se eu tenho você. Você preenche o tudo!
Se eu soubesse domar as palavras te faria entender definitivamente que sem você não haveria brilho nos olhos, vermelho no sorriso, cor no coração, ar nos pulmões. Eu nasci para te encontrar e te fazer feliz. Eu te esperei para que eu pudesse deitar no teu colo e saber que a tranquilidade mora perto de ti.

Eu não vou deixar a felicidade escapar. Não se preocupe!
Eu te amo, minha criança...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Trans-POR barreiras
Dry Neres


Quanto mais te amo, menos sei dizer do que sinto. É como uma barreira que se instala no espaço que separa o coração da máquina de escrever. É como se houvesse ainda nesse espaço visualmente pequeno, uma imensidão de entrelinhas e alfabetos de todas as línguas. São palavras IN-concatenadas. Não permitem a junção morfo-LÓGICA, para que a razão não se atreva a tocar os dedos no que é feito de vermelhos e sorrisos. Somente quem ama, assim como eu te amo, poderia alcançar essas ideias que soam como louCURA. Eu sei que me curei do defeito de expor demais - é mais ou menos assim: é tanto amor, que assim o guardo como uma pérola, que para mim é a única no mundo inteiro, e me recolho em posição fetal quando as palavras pulsam no aparelho fonador. Guardo-as, dentro da caixinha que abriga a pérola, para santificá-las. Para que ninguém as diga em vão; para que não seja profanada a nossa literatura. O meu altar é composto desses segredos tão expostos. O meu altar amor é você. Ajoelho-me. Curvo-me. Revencio-te em adorAÇÃO e DEVOção. Este amor é como oásis no deserto - se eu fingir por alguns momentos que não o tenho - serei então multiplicadamente feliz, pois sou sabedora do conhecimento de que a incansável busca é que nos torna inteiramente vivos. Amo-te assim, cada dia, como se fosse o primeiro e o último. Refresco-me com teus beijos, como se fosse a única fonte de água potável da Terra. Embebedo-me dos teus olhos, como se fossem a única razão e motor da minha existência - e assim, hiperbolicamente são.

Caminhando aos vinte e um meses. Caminhando sempre na cautelosa divisória entre o que é bom e o que não é para nós. Sendo arquitetas do nosso próprio sorriso. Sendo cuidadoras da nossa verdade. Alimentando DES-regradamente o vulcão de sentimentos que mora em nós. São mais que vinte meses. No tempo que não se conta, já é uma vida toda. E como o amor acredita em tudo, inclusive na reencarnação, a gente vai viver todas as vidas possíveis, e o mesmo amor estará em nós - Porque é indiscutível o poder que os seus olhos têm em mim. É ainda mais apaixonante, o domínio que as tuas mãos têm em minhas curvas. É você e só.