domingo, 21 de fevereiro de 2010

De nossos destinos
Dry Neres


 Intro: C Am C Am

C                             Am                  E                      Em7  
Se é pra falar em sentimento, vem cá me dá a tua mão.

C                                        Am                  E                      Em7

E relembrando os bons momentos que tocam em meu coração.

 G                    C                                                     C7

De tantos caminhos, meus passos se cruzaram com os seus.

 G                    C                                           D7
De nossos destinos, o céu inteiro se compadeceu.

G                  C7            D
Não posso ficar sem você.

G                 C7               D

Não posso ficar sem te ter.

Intro:  C Am E G

C                                Am                E        Em           C
Se é pra falar em sentimento até te faço uma canção.




Letra e Melodia - Drielly Neres


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 Meus olhos rasos de lágrimas que dançam felizes em minha face... 

Sinto por você algo bem maior do que qualquer sentimento que ganhou nome ou voz. Não há como distinguir os seus passos dos meus, nem as tuas metas das minhas. Parte dos teus sonhos que me enchem de alegria e admiração começa exatamente amanhã. E eu estarei contigo a cada segundo. Queria que soubesses amor, que este é o teu primeiro degrau que traz consigo a idade da maioridade e das conquistas vindouras. Queria que soubesses que  o meu amor é teu. E isto significa doar-me inteiramente aos teus dias; significa devotar-me horas e horas no cuidado à tua felicidade. Não medirei esforços para tornar sua caminhada mais segura e amena. Poeticamente romântica me deixo... E não pense que isto é a suficiente devoção para agradecer-lhe por estar presente em minha vida.  E não pense que por aqui encerro as carícias em corpo escrito...

Por você, regressaria há vinte e uma primaveras, quando ainda não me eram conhecidas tua face, nem tua voz. Retornaria aos fios embrionários que me cercavam para me trazer até esta esfera ou talvez mais longe que isto... Enfrentaria bravamente e novamente todos os dias que antecederam os do nosso encontro, se a promessa tivesse de te encontrar novamente tal como foi. Por você não me é assustador permanecer num barco de cais em meio à escuridão e solidão humana; porque já me é clara e indiscutível sua presença que me acalma. 

Segura minhas mãos, amor... Serei teu colo e abrigo. Sou teu carinho e mulher. Ser-te-ia tudo mais o que te fores necessário. Escuta os meus sussurros embalados pelos ventos; e permite encostar tua vida mais ainda na minha, de tal modo que confundiremos nossas idades e nomes e endereços... porque em uníssono nossos corações permanecerão. 
Nasce em mim diariamente, num campo de flores belas, o que há de mais lindo em matéria de amor.

 Ps.: você é incrível. Te amo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Como saber que se ama o bastante? 
Dry Neres


Nem enchendo as mãos de palavras e arranjos poéticos é possível metrificar a extensão do amor que por vezes nos cega. É uma cegueira que está imune à realidade perversa ao qual o mundo enfiou as fuças. São canções que escutamos e que foge ao entendimento dos que não tropeçaram um dia com a felicidade estonteante de ver sua sombra dupla ao sol. Amar é tornar-se dependente de si mesmo. Porque amas no outro, aquilo que desejas em si. Por isso, são almas que se juntam e formam os desejos duma só. Irradia nos amantes a sede do outro; a vontade do outro; a saudade do beijo. Vez ou outra, questionam-se se amam ou se acomodam-se. Vez ou outra, dão de caras ao vento procurando aventura, liberdade - o que é insano. Porque quem ama, fez uma escolha. Escolheu-se andar de mãos dadas, dormir de conchinha, compartilhar fotos. Combinou-se ter o celular sempre por perto quando na ausência de um ou outro. Optou-se por beijos endereçados à destinatários certos. Devotou-se tempo até que o jardim do amor pudesse florescer e chegar num estágio onde pensa-se: Para onde caminhar após a conquista inicial? Como inovar se deitados estão sob o mesmo teto, compartilhando o mesmo filme e lençóis e tempo? 

São analogias que permeiam um pensamento que não sabia, nem fazia idéia alguma do que poderia ser a palavra - junto - abdicar-se de si em prol de algo ou algúem parece ser amor. Mover-se ao som/tom de uma só voz amena que lhe chega aos ouvidos de forma arrebatadora, parece ser amor. Elevar os teus passos/caminhos aos movimentos de dois pés que se misturam com os teus outros dois e te guiam, parece ser amor. Porque se isto não é... O que mais haveria de ser? 

Nem que eu enfiasse mil versos goela a-baixo, conseguiria expulsar os mil sentimentos que me tomam - De insensatez até paixão em brasas. Nem que eu quisesse, poderia deixar-te tão segura da minha insegurança fulgaz. Às vezes dá vontade de te colocar no colo e ninar como faz a mãe à criança. Mas na maioria das vezes, eu quero ser somente o choro, o soluço e faz-me bem saber que aprecias minha melancolia. 

Como saber que se ama o bastante? Emprestar-me-ia um termo-AMOmetro? Ensina-me a amar mais... amar além das palavras e dos copos de poesias. Tens o poder de transmutar a força das nossas palavras até os nossos dias? Quero precisar mais e mais dos teus beijos...


"Say what you say. But say that you'll stay forever and a day, in the time of my life".


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Pedido nº 558550558
Dry Neres



Quando a gente se abraça, eu consigo sentir uma pausa no mundo. As pessoas engolem suas falas, os carros param nos sinais, o sol observa; o cenário humano contempla. O seu abraço é sem dúvida a melhor roupa para o meu corpo nu. Gosto da forma ímpar, como quando as suas mãos atravessam a circunferência da minha silhueta.  Suas mãos exalam fome, abrigo. Suas mãos... se confundem com as minhas no ato de conhecer novas rotas e mapas meus.

Eu amo o som da tua voz no silêncio do teu sono. Você não dorme; faz poesia nos lençóis. O seu corpo se ajusta às curvas sincrônicas da beleza, na invisibilidade do ar. E eu, sua Vassala, Ó senhora dos feudos e reinos. Arrisco-me ao observar-te descansar as pálpebras. Beijo-te os olhos na tentativa de acalmar os teus sonhos. Arrisco-me, porque enquanto dormes, 'a-cor-da (te)' em mim a nobreza da tua simplicidade. E eu, sua Vassala...

Quão bom é amar assim! Com quanta devoção, queima em mim tal sentimento... Eu a amo, como nunca pensei um dia amar alguém. E cresce em mim vinte e quatro horas por minuto a admiração por toda a sua perfeição sobre-humana. Ser-te-ei, céu; ou mar; ou tua esposa. Ser-te-ei, lealdade. Quão bom saber que amas a mim tal como me derramo em paixão por ti. Somos assim, amantes e indecifráveis.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010


Cem Juízos
Dry Neres



 Como metaforizar de algo tão... Tão latente! Como é se revoltar diariamente com si próprio? Apaixonar-me-ei novamente por mim, pelo outro! A descrença é algo que lateja, e almeja lugar maior quando se dá uma brecha. Eu não quero deixar de acreditar nas pessoas, no outro, no além. Meus olhos teimosos, perdidos em lembranças do que poderia ter sido. De gentes, camas, fatos que nem sequer existiram (ou não). Reporto-me a postais estrangeiros, em letras vermelhas e caligrafia exuberante. Confundo-me nas letras e nos flashes do mundo. Pareço ter acabado de nascer. E não quero abrir os olhos, porque nas pálpebras só me cabia uma fotografia. E o medo aflige, a ponto de não querer saber o que se quer; e nem querer o meu querer aflorado como se eu fosse adolescente em confissão.

Divago diante da fumaça imaginária de um cigarro que quisera eu ter a ousadia de levar aos lábios. Quem sabe para usá-lo como uma figura imponente. Algo que me descreva; que chegue antes de mim. Tomo em goles o desejo de começar tudo de novo. Com galanteio, paixão, proibições, receios... De forma ou outra, o perigo me submerge. Pareço precisar da sensação de correr em trilhos e saltar de elevações; isso me dá a impressão de que eu tenho o meu próprio controle. Nada sábio, para quem sabe que o que me leva são os impulsos que me são externos. Sinto falta do imprevisível, mesmo sabendo que viver já é incerto.

Talvez o problema consista em saber demais. Quem sabe tanto assim, decerto não tem capacidade para saber de nada. São tantas as teorias que arquiteto acerca da minha existência meteórica... E nenhuma delas me leva onde eu desejaria chegar... Dentre, dentro! Teorias são roupas folgadas que usamos na tentativa de nos refugiarmos! E eu, no auge da minha contradição desejo caminhar nua em direção à ‘Nuelândia’, ou simplesmente andar descalça entre as pedras de uma ribanceira para pegar algum peixe com as mãos. Queria poder viver sem reservas do que eu sinto, sem me preocupar com o externo dos outros; com o que os olhos vão achar de/em mim.

O que ainda me conforta... É você! São os teus carinhos/cuidados. O que me conforta é saber que tenho alguém para passear de mãos entrelaçadas depois do que existe além do arco e do íris.