quarta-feira, 30 de abril de 2008

Suga-me - Dry Neres


É como se o ato de escrever a alimentasse... Ela sente uma necessidade incrível de se relacionar com as palavras, com cada linha, virgula, compasso; ela tá presa. Prenderam-na! Ela se rendeu. Afinal, isso é ótimo!

terça-feira, 29 de abril de 2008

Planetário - Museu da Língua [2008]

Butterfly - Dry Neres


Sim! Gosto de um modo inexplicável do que acontece sem ser programado, do que nos pega de surpresa como um vento que vem do Sul... Pode ser que não dure mais que um segundo. Mas esse segundo se fez eterno desde ontem. E me fez sorrir sem motivo aparente. E me fez escutar os anjos entoando em uníssono, um nome!
Era como se no abraço, ela quisesse te colocar dentro dela; não por muito tempo, mas só o suficiente pra você gostar e pedir que ela não saia mais. É como rodar o mundo em busca de uma borboleta e ela subitamente, de modo desajeitado pousar no teu ombro. Ora, talvez ela nem saiba que pousou! Mas eu vou tentar mostrar pra ela... Vou sim! É isso aí! O importante é o frio na barriga, é a mão gelada, é o programar o que nem se sabe se chega. Isso me instiga, faz-me querer devorar-te. Devorar teu riso, teu falar, teu perfume, tua forma ímpar de ser.


Art. 1º: Publique-se esse segredo, mas não conte pra ninguém! ;)


Ela - Dry Neres


Coisa estranha me aconteceu... Não sei se com o olhar dela ou com o meu!
Na verdade, não consegui dormir. E a voz dela ecoava numa sonoridade nunca antes ouvida, prevista; Mágico! Impossível descrever.
Tudo tem-se feito pequeno desde então; nada se compara com o brilho daquele olhar... Minhas palavras também vão ficando pequenininhas perto das que o canal responsável pela fala, exalava pelos lábios daquele ser instigante, devorador.

Mask - Dry Neres




As palavras correm de mim algumas vezes...
Aí me refugio nas imagens!!
Pinacoteca Nacional - São Paulo

Vazio - Dry Neres


Será que a fome é só de alimento?Será que o alimento sustém um corpo de olhos famintos?E então porque será que o salário se chama mínimo?Indagações que muitas vezes não tem respostas. O mínimo é também insuficiente; os olhos, o estômago e o coração não estão alimentados. Mas a maior carência, de comida, ainda está nos sonhos...Sonhos! Como é bom sonhar! Seria melhor ainda se pudéssemos acordar e nos deparar com uma realidade, nem que fosse inventada, uma "felicidade clandestina".A água (governo), não supre a sede da terra (povo). E devido a tanta desnutrição, falta-nos força para gritar. Grito! Abafado! Não gritamos... Concordamos! Erramos... Blefamos! Somos manipulados..."Multidão de solitários que a cidade alimenta. E nos impõe: Vou confiscar, tô trabalhando"...Nos confiscam um sorriso, nossa casa, nossos filhos, nossa fala, nosso ar...Comida? Prato vazio!!